Ad Code

MINHA VIDA, MEUS CORDÉIS

Forró, vaquejada e mulher


Cachaça e mulher juntas
Vira rima ou vira troça
A pinga é feita da cana
A cana boa é a da roça
Homem que tem duas muié
Acredite se quiser
Uma é dele, a outra é nossa

Fale o que tem vontade
Mas fale com muita fé
Se verdade ou mentira
Cada um fala o que quer
Vaqueiro só fala de boi
O velho só fala que foi
Muito bom com as muié

Mulher que pede chorando
Eu acho lindo demais
Fico logo excitado
Isto muito me apraz
Cachaça que desce queimando
Muié que faz amor gritando
Não sei qual delas gosto mais

Há cinco coisas no mundo
Que o homem evita fazer
Comprar terra em litígio
Assinar papel sem ver
Namorar mulher fuçada
Casar com moça falada
Levar chifre até morrer

Vaqueiro não tem conforto
Como muita gente tem
Trabalha ganhado pouco
Não aprende a falar bem
Você pode apostar
Vida melhor não há
Sem inveja de ninguém

Quem casar com mulher gorda
Sossego não terá mais
Quando andam pelas ruas
Os malandros sempre atrás
Vão gritando e dizendo
Por quanto está vendendo
Este seu bujão de gás

Vaquejada é minha vida
Mulher é minha paixão
Não bebo cachaça pura
Só misturo com limão
Ao morrer quero um presente
Cana boa e mulher quente
Ao redor do meu caixão

Mulher de cabelo loiro
Tem o contra e tem o pró
Ou é muito recatada
Ou safada que faz dó
Quando o cabelo é comprido
O chifre do seu marido
Cresce tanto que dá um nó

Nasci na segunda feira
Na terça fui batizado
Na quarta eu matei um
Na quinta fui condenado
Na sexta me libertei
Sábado à noite eu transei
Com a mulher do delegado

Meu cinturão é de couro
Meu chapéu americano
Minha vida é num rodeio
Meu destino é de cigano
Gosto mesmo é da morena
Mas eu sei que vale a pena
Comer loira por engano

** Adaptadas de versos da internet

Ad Code

LITERATURA DE CORDEL