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MINHA VIDA, MEUS CORDÉIS

Preservando o Meio Ambiente


Jorginho Pimentel mandou-me um e-mail, aproveitei o mote e fiz este cordel

Na fila do supermercado
Um caixa muito melindroso
Dizia a um senhor idoso
Tentando dar seu recado
O senhor não fique chateado
Da próxima vez que vier
Traga a sacola se puder
Preserve o meio ambiente
Deixe o mundo mais contente
É isso que a natureza quer

O velhinho era todo ouvido
Depois disse consciente
Preservar o meio ambiente
No meu tempo não era esquecido
Mas lhe digo meu querido
Vou fazer uma explanação
Como era minha geração
Eu acho que se vivia melhor
Pois no tempo de sua avó
Tinham mais educação

As garrafas de bebidas
Essas eram recicladas
Lavadas e esterilizadas
Depois de serem consumidas
Aos donos eram devolvidas
Não sei se por prevenção
Mas tinha-se esta preocupação
De viver com mais pureza
Preservando a natureza
Sentindo mais emoção

Eu subia as escadas
Com a leveza de um felino
Parecia um menino
Com ligeiras passadas
Eram épocas abençoadas
Não se vive como antes
Sobe-se em escadas rolantes
Também não se caminha mais
Pois tem carros que leva e trás
Com seus cavalos possantes

As fraldas eram lavadas
E ficavam bem limpinhas
Depois de bem sequinhas
Na gaveta eram guardadas
Hoje elas são descartadas
Amanhã não servem mais
Hoje em dia o que se faz
É comprar uma lavadora
E também uma secadora
E não ter trabalho jamais

Ainda lembro a confusão
E o rebuliço que causou
Quando meu pai comprou
A primeira televisão
Era gente de montão
Para assistir a novela
Tinha gente até na janela
As pessoas espremidas
Porém todas entretidas
Sem tirar os olhos dela

A estória tinha que mudar
Vejam só a evolução
Hoje tem televisão
Até no meu celular
E ainda pra piorar
Tem TV de todo tamanho
Depende só do seu ganho
Se ganha pouco tem uma menor
Se ganhar muito tem a maior
Por mais que se ache estranho

Batia-se a massa na mão
Se quisesse fazer um bolo
Ou então usar o rolo
Pra fazer o macarrão
Era aquela confusão
Se a grama quisesse cortar
Um facão tinha que usar
Passava o dia suado
Mas ficava bem sarado
Academia nem pensar

Jornal velho tinha que usar
Quando fazia mudança
Sempre naquela esperança
De a louça não se quebrar
Plástico bolha nem imaginar
Já pensando na degradação
Evitando a poluição
Que aquilo podia causar
Sem nunca deixar de pensar
Que o jornal era a solução

Meu pai sempre dizia
Cada um com seu copinho
Todos eles de alumínio
Por causa da marisia
Naquele tempo já se sabia
Que levaria um tempão
Para a decomposição
Que o plástico iria levar
Pois mesmo jogando no mar
Não se evitava poluição

O jovem do supermercado
Falou: o senhor tem razão
Pra falar de poluição
Tem que está bem preparado
Ou então vivenciado
Conhecer o meio ambiente
E mostrar pra toda gente
Que nos dias atuais
Ninguém sabe jamais
O que é ser previdente

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LITERATURA DE CORDEL