Ad Code

MINHA VIDA, MEUS CORDÉIS

A sorte fugiu de mim

A sorte fugiu de mim
Eu fiquei atrapalhado
O que eu penso não dá certo
O que eu faço dá errado
O que eu vou narrar aqui
Você tem que admitir
Sou tremendo azarado

Comprei um tal de viagra
Que o doutor me receitou
Botei uma mulher na cama
Mas nada lá funcionou
Tomei uma caixa inteira
Deu foi uma caganeira
E a praga não levantou  

Eu comprei um celular
Com a bateria frouxa
Eu usava ele no bolso
Pertinho da minha coxa
A bateria explodiu
Disse puta-que-pariu
Quase arranca minha trouxa

Eu emprestei um dinheiro
Para um grande amigo meu
Ele disse dia trinta
Pago o dinheiro seu
Quando foi no outro dia
Acho que eu não merecia
O miserável morreu

Na casa da minha tia
Roubaram a televisão
A polícia investigou
Não acharam o ladrão
Não consegui escapar
Fui preso no seu lugar
Apanhei que nem o cão

Eu fui extrair um dente
Que estava cariado
Quando cheguei no dentista
Ele estava embriagado
Ele fez uma confusão
Extraiu um dente são
E deixou o estragado

Eu fui visitar um doido
No hospício do estado
Doido ia doido vinha
Foi doido de todo lado
Com doido me confundiram
Pra cima de mim partiram
Fiquei logo internado

Cheguei morrendo de fome
No curral do Zé do louro
Quando vi uma novilha
Gamei no peitão de couro
Como estava embriagado
Eu virei um pouco de lado
Errei e mamei no touro

Eu sai com minha esposa
No meu velho fusca a gás
O fusca bateu num poste
A mulher morreu atrás
Meu destino então mudou
O fusca incendiou
Nem mulher nem fusca mais

Arrumei uma loirinha
Num dia de sexta-feira
Levei ela prum motel
Não gostei da brincadeira
Ela disse: vem, me toca
Procurei uma tapioca
Encontrei uma macaxeira

Adaptado por mim de um repente de (@joelzinnerysoficial)
Jota, Jotinha e Jotão (Youtube)

Ad Code

LITERATURA DE CORDEL