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MINHA VIDA, MEUS CORDÉIS

Os bafejos da sorte


Como tinha prometido
Eu agora vou narrar
Um romance inusitado
Pra você se emocionar
Se da data não me engano
Foi bem no final do ano
Ela sempre vai lembrar

Eles já se conheciam
Há dez anos ou pouco mais
Ela tinha 15 anos
Ele já era rapaz
Voltaram a se encontrar
Para a todos nós mostrar
Do que o destino é capaz

Ele estava casado
Ela noiva de aliança
O encontro foi fatal
Renasceu uma esperança
Conversaram a valer
Da noite ao amanhecer
Esquecendo da festança

Todo dia se falavam
Viviam de ligações
As conversas demoravam
Assunto aos borbotões
Uma hora, duas ou mais
A conta mais de mil reais
Superando emoções

As datas corroboram
Com tudo que foi narrado
O desquite aconteceu
O noivado acabado
Março foi o mês fatal
Chegou tudo ao final
Tudo estava programado

Assumiram morar juntos
Um semestre decorrido
O desejo de ter filhos
Não passou despercebido
Com um ano engravidou
João Levi logo chegou
Um presente merecido

Seis anos se passaram
Entre tapas e beijos
Mas continuam felizes
Sempre cheios de desejos
Felizes e radiantes
Esperando confiantes
Da sorte os bafejos

Edimar Monteiro

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LITERATURA DE CORDEL