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MINHA VIDA, MEUS CORDÉIS

Uma aula de português


Quer prender português?
Então preste atenção
Da gramática não precisa
Basta memorização
Eu ensino rimando
Você aprende gostando
Os termos da oração

Encontrei na política
Todo tipo de sujeito
Encontrei sujeito simples
Sujeito de todo jeito
Encontrei sujeito oculto
Mas não encontrei nem o vulto
De um sujeito perfeito

Na política também encontrei
Todo tipo de adjunto
Adjunto que vive distante
Adjunto que vive junto
Vi adjunto nominal
Vi adjunto adverbial
Até adjunto sem assunto

Na política também encontrei
Um tipo chamado APOSTO
Que vive pra explicar
Aquilo que está proposto
Encontrei o VOCATIVO
O VERBO e o PREDICATIVO
Também o SUJEITO COMPOSTO

Mas encontrei na política
O termo “filho da puta”
É com ele que vou explicar
A função que executa
Cada um com sua função
Dentro de cada oração
Uma figura impoluta

Ontem eu conheci
Um político filho da puta
Se a frase estiver correta
Acho que ninguém refuta
Ou por bem ou por mal
Ele é ADJUNTO ADNOMINAL
Com certeza absoluta

O político que conheci
É um filho da puta
Se a frase estiver correta
Acho que ninguém refuta
Eu digo está perfeito
É PREDICATIVO DO SUJEITO
Com certeza absoluta

Se o político é acossado
Por um ladrão em disputa
Agora nega o roubo,
Seu filho da puta
Eu respondo instintivo
Ele é agora é VOCATIVO
Com certeza absoluta

O ex-ministro Alfredo,
Aquele filho da puta,
Escondeu todo dinheiro
Numa atitude astuta
Eu digo com todo gosto
Ele agora é APOSTO
Com certeza absoluta

Não é mais da presidência
Mas se acha o maioral
Diga-me quem é o sujeito
Já foi figura central
Pode ser até insulto
Parece sujeito oculto
Mas é o filho da tal

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LITERATURA DE CORDEL