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MINHA VIDA, MEUS CORDÉIS

Um mundo de vaidades

Ilda Emídio assim dizia
Em um tom quase certeiro
Eu não sou seu pareceiro
Pare com essa ingrisia
Só ande com temperança
Mantenha sua sustança
Ou vá pra outra freguesia

Dona Ilda era tinhosa
Usava muitos bordões
Apesar de alguns senões
Era alegre e jocosa
Dizia: destiorada
Repetia: empeleitada
Mas foi bela e formosa

Entre nós não vive mais
Mas está contrariada
Já não conta mais piada
Nem sorrir ela é capaz
Já não põe mais apelidos
Pois os seus entes queridos
Já não vivem mais em paz

Lá no Céu em oração
Pergunta para os seus filhos
Quais serão os empecilhos
Pra viverem em união
Em um mundo sem verdades
Parem com essas vaidades
Se abracem em comunhão

Edimar Monteiro

30 de outubro de 2025

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LITERATURA DE CORDEL