O ano eu me recordo
O mês eu lembro bem
O dia eu não esqueço
E nem a hora também
Eu vou contar a estória
Pois não sai da memória
Minha e de mais ninguém
Dia onze de novembro
Dois mil e doze era o ano
Já pertinho das seis horas
Disto eu não me engano
O torcedor chorava
Pois o leão entrava
Pelo buraco do cano
Vamos voltar um pouco
Pra recordar a campanha
De um time que não perde
Somente empata e ganha
Sempre em primeiro lugar
Nem um time pra quebrar
O miolo de sua castanha
Numa chave bem fraquinha
Com Salgueiro e Luverdense
Tinha Icasa e Guarany
Refugos do cearense
Treze, Santa Cruz e Cuiabá
Paissandu e Marabá
Lanternas do Paraense
Primeiro lugar no grupo
Foi aquela animação
O torcedor gritava
Sou segunda divisão
Porém ele esquecia
Que logo após viria
A grande decepção
Hora do mata-mata
Uma grande euforia
O seu grande adversário
O Oeste seria
Primeiro jogo era lá
O segundo era cá
Ninguém os seguraria
Lá só deu um empate
Um a um o resultado
A decisão era em casa
Estava tudo dominado
Aqui vamos golear
Ninguém vai nos segurar
O acesso assegurado
Os ingressos todos vendidos
De forma antecipada
A TV transmitiria
De forma inusitada
Repórteres de plantão
À posto para a transmissão
De uma grande goleada
No campo foi diferente
Veja o que aconteceu
O OESTE deu um baile
O leãozinho tremeu
Três a um foi o placar
Assim o Leão vai ficar
Onde sempre mereceu
Aqui vão minhas homenagens
Póstumas de coração
Para o Cleirton meu genro
Pro Jorginho um amigão
Um abraço merecido
Naquele por todos querido
Itamar que é meu irmão