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MINHA VIDA, MEUS CORDÉIS

De Jacu a Candeias

A história começou
Junto com a independência
Pois com muita paciência
Leonardo aqui chegou
Das terras de Portugal
Montado em um animal
No Jacu se instalou

Casado com Ana Arraes
Veio pelo Aracati
Instalou-se por aqui
E sair não quis jamais
Fundou logo uma igreja
Para que a cidade esteja
Repleta de muita paz

Com tijolos e areias
Começou a trabalhar
A família a ajudar
Só parava para as ceias
Com a crença em Jesus
Tendo fé e muita luz
Pôs o nome de Candeias

Nisso não ficou restrito
O lugar ia crescendo
O progresso aparecendo
Logo virou distrito
Igual ao imperador
Sem medo e sem pudor
Deu o seu primeiro grito

Candeias só prosperava
O povo a trabalhar
Muita gente a chegar
A família aumentava
Elizaurindo chegou
Cedinho se instalou
Sua estória começava

Filho de Seu Laurindo
Foi um homem lutador
Eterno batalhador
Seu destino se cumprindo
Ele trouxe junto a si
A esposa Anassi
Um casal sempre bem-vindo

Começou uma plantação
Com feijão e muitos milhos
Criou os seus sete filhos
Com amor no coração
Nunca foi de nove horas
Ajudou genros e noras
Sem ouvir reclamação

Já passando dos oitenta
Ele foi condecorado
Pelo Cedro laureado
O troféu hoje ostenta
Um homem conhecedor
Um grande historiador
Todo o povo já comenta

Dos seus filhos eu conheço
Edilma, grande mulher
Honradez e muita fé
Fez da vida um recomeço
Conheceu o Itamar
Construíram um belo lar
Tens aqui o meu apreço

Em minhas idas ao sertão
Jacu é minha paragem
Pessoas que interagem
Com amor e devoção
Por ter sido merecido
Fico sempre agradecido
A todos de coração

Edimar Monteiro
23 de abril de 2025

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LITERATURA DE CORDEL