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MINHA VIDA, MEUS CORDÉIS

Resquícios das idades


Se eu fosse tão feliz
Como todo mundo pensa
Eu teria uma recompensa
Por aquilo que eu fiz
Eu não tenho recompensa
E tudo que você pensa
É o oposto do que se diz

Eu sinto saudades tua
Há um vazio em mim
Há tempos que estou assim
É verdade nua e crua
Para eu viver você
É preciso eu fazer
Outra vida, minha e sua

Eu errei você errou
Cada um é castigado
Não vivermos lado a lado
É só o que nos restou
Sofro aqui sem ter você
Você sofre por não ter
Aquilo que desejou

Você me quer completo
Sem nenhuma divisão
Quer viver a emoção
De um instante repleto
A vida não é assim
Temos que dividir, sim
Mas, contudo, ser discreto

Viver suas amizades
Foi só o que te restou
Viver como eu estou
É curtir minhas saudades
Nosso tempo já passou
Tudo o que nos restou
São resquícios das idades

Edimar Monteiro
22 de novembro de 2025

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LITERATURA DE CORDEL