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MINHA VIDA, MEUS CORDÉIS

A cachaça e a mulher


De amor nunca morri
Por muitas me apaixonei
Foram tantas que amei
Que com o tempo esqueci
A cachaça e a mulher
Uma dupla que me quer
Amores por quem sofri

A mulher não é culpada
Se a cachaça é minha sina
Pois a vida me ensina
A gostar desta danada
Com a mulher me preocupo
Com a pinga me desculpo
Depois de uma talagada

Da cachaça eu sou sócio
Da mulher eu sou amigo
Com as duas nunca brigo
Me dou bem neste negócio
A mulher bem bonitona
A pinga não me abandona
Não trai, nem pede divorcio

Eu nem penso em cogitar
Que o amor me destruiu
Eu peço pra quem partiu
Nunca pense em voltar
Vendo tudo que possuo
Me ergo, me reconstruo
Mas não deixo de amar

Não venha em meu socorro
Deixe-me viver a vida
Pois a vida bem vivida
É esta que eu percorro
A cachaça me acompanha
Quem bate também apanha
De amor sei que não morro

Edimar Monteiro
21 de novembro de 2025
Fonte: Nanara Bella

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LITERATURA DE CORDEL