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MINHA VIDA, MEUS CORDÉIS

De doido temos um pouco

 

Quem com doido faz cordel
É capaz de endoidar
Se for doido, piorar
E depois ir pro pinel
Quando escrevo sou sensato
Sou preciso e sou exato
Não jogo palavra ao léu

Mas por eu ser cordelista
Com doido sou parecido
Esperto, mas esquecido
Pensativo e realista
Todo doido tem vaidade
Por isso que na verdade
Sou doido, mas sou artista

Me chame como quiser
Maluco ou abestado
Biruta ou retardado
Birolado ou Zé-mané
Mas fico muito feliz
Quando o povo grita e diz 
Que sou louco por mulher

Edimar Monteiro
21 setembro de 2025

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LITERATURA DE CORDEL